Historicamente, a produtividade na engenharia civil no Brasil é considerada insatisfatória e repleta de gargalos. Acompanhar a produtividade da sua obra é o ponto de partida necessário para identificar esses gargalos e agir de forma assertiva para eliminá-los.

Quer saber quais são os principais motivos da perda de produtividade no setor e como driblá-los? Então, acompanhe o nosso post de hoje:

O que é produtividade?

A produtividade tem uma relação direta com a eficiência – ser eficiente, como se sabe, é saber fazer mais com menos.

Ou seja: ser produtivo é produzir mais aplicando menos recursos, tanto materiais, quanto humanos, financeiros e tecnológicos.

Como medir a produtividade na engenharia civil?

As formas mais usuais de medir a produtividade na engenharia civil são: por hora, por pessoa (per capita) ou por m2 (metro quadrado). Veja alguns exemplos:

  • Se sua obra fatura 100 mil reais por mês com 10 operários, sua produtividade é de 62,50 R$/Hh (reais por homem-hora), considerando que cada operário trabalha 160 horas/mês.
  • Se um pedreiro leva uma hora para elevar 10 m² de parede, sua produtividade é de 0,4 Hh/m² (homem-hora por metro quadrado).

Como analisar a produtividade calculada?

A análise da produtividade não pode ser puramente numérica. A análise quantitativa precisa ser complementada por análises qualitativas, já que existem grandes variações nos fatores produtivos que interferem na execução de cada serviço, aumentando ou diminuindo sua produtividade.

Por exemplo: assentar blocos cerâmicos pequenos resulta em menor produtividade do que assentar blocos cerâmicos grandes pois, no segundo caso, existe economia de tempo e movimentos.

Alcançar altos índices de produtividade não é uma tarefa rápida e simples. Na engenharia civil, a produtividade sofre impactos de diversos gargalos impeditivos para seu crescimento. Vejamos os principais gargalos:

1. Disponibilidade de materiais e equipamentos

Para que uma obra tenha ritmo adequado, é preciso ter os materiais e equipamentos necessários para que os operários possam realizar suas tarefas sem qualquer interrupção e perda de tempo.

Por isso, o planejamento de compras e a logística de entrega dos suprimentos precisa ser muito bem-feito. Se alguém na obra parar por falta de suprimentos, a produtividade cairá.

2. Materiais de má qualidade

Materiais baratos de má qualidade podem custar mais caro do que materiais de boa qualidade, já que poderão acarretar retrabalho devido à precariedade do produto final, aumento do atendimento pós-entrega de assistência técnica ou perdas excessivas por quebras.

3. Complexidade das tarefas

Construir uma edificação de concreto armado e uma edificação que aplique a mesma planta baixa, porém, utilizando estrutura autoportante, têm graus de complexidade muito diversos.

Não há como estabelecer comparação, pois cada obra terá índices de produtividade específicos da metodologia construtiva escolhida. Ou seja: o grau de complexidade das tarefas é diretamente proporcional ao nível de produtividade.

4. Remuneração da equipe

A estrutura de remuneração da equipe da obra – salário + benefícios + prêmios – influencia diretamente no índice de produtividade da obra, podendo atuar como fator de alavancagem.

Os atrasos no pagamento dos operários, por sua vez, têm efeito devastador na produtividade.

A fórmula mágica para driblar todos estes gargalos é melhorar o planejamento da obra para que não haja descompassos nas atividades interdependentes e nem insatisfações da equipe de trabalho.

Quanto maior for o grau de gerenciamento e controle dos pontos de gargalos que geram alterações na produtividade na engenharia civil, menor será a amplitude de flutuação do índice apurado e mais bem-sucedida será a sua obra.

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